Archive for maio 2010

Foi assim...


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Fez há dias um ano da minha bênção das fitas. Foi um dos momentos mais marcantes de sempre.

O traje, que tanto me massacrava o corpo, dava, naquele dia, um tremendo gozo vestir. A minha família derreteu-se quando me viu a envergar o fato negro, a correr em direcção a eles, no meio do mar de gente que está habitualmente na Cidade Universitária. O meu pai olhava para mim com um orgulho imenso. A minha mãe, mais comedida nas suas manifestações de afecto, estava com os olhos marejados e, disfarçando, ajeitava-me o colarinho da camisa ou o nó da gravata. Senti-me a pessoa mais mimada do mundo.

Tinha junto a mim as pessoas que mais importavam naquela altura, as que mais contribuíram para acabar aquela jornada com sucesso. Não me canso de repetir: os meus pais, a minha madrinha, os meus tios e os meus amigos. Sim, aqueles amigos que eram tão recentes mas que pareciam de sempre e para sempre. Tivemos tempo para recordar, para algumas lágrimas e abraços de grupo. Nem conseguia acreditar que algures no tempo, no fim do primeiro ano de curso, havia pensado que não seria possível que me viesse a tornar amiga de quem quer que fosse daquele estreito e quente edifício.
Não estiveram presentes algumas pessoas que eu sempre pensei que seriam imprescindíveis que estivessem. Por certo, só faz falta quem está.

De facto, não há anos como os da faculdade. Quando me diziam que um dia daria tudo para voltar aos anos de escola dizia que não me parecia muito possível vir a acontecer. E como pela boca morre o peixe, aqui estou eu, hoje, ainda não completamente convencida, mas bastante indecisa.
Sei comparar os dois mundos. Trabalhar tem os seus prós, mas também tem alguns contras. (será matéria para vários posts)

As pessoas são o que mais fica desta tão curta e intensa experiência. Nem é tanto o conhecimento que nos tentam transmitir de forma mais ou menos bem sucedida... Prevalece o contacto humano e, isso sim!, é que aquece o coração.

É a vida


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Existem pessoas que não valem a pena e não há que lamentar. As tentativas estão feitas. Felizmente não estou sózinha nesta caminhada.

Espero que todos sejamos gratos e conscientes de que o nosso caminho somos nós que o construímos. Por vezes somos os culpados de uma ou outra pedra ficar de parte das restantes, mas tudo na vida é assim! Nada nem ninguém é perfeito e temos que arcar com as consequências dos nossos actos.

Muitos...


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...Parabéns a ti!

Dilemas #2


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Este não é bem um dilema, é algo entre uma grande interrogação da minha vida e o quarto mistério de Fátima.

Ainda deve estar para nascer a alminha que me irá conseguir explicar como raio é que, às 7h30 da manhã, alguém consegue cheirar tanto a suor. Juro. Então nos dias de calor, o metro fica infestado com aquele cheiro. Não se aguenta.

Manias


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Reconheço. Sou uma moça um bocadinho implicativa, por vezes até picuinhas. Acho que é um dos meus piores defeitos e que gostaria (mesmo) muito de corrigir. Até à data não tenho tido muito sucesso.

Vamos lá ver... Tiram-me do sério toda e qualquer espécie de barulhos repetitivos e fora de contexto que se possam fazer com a boca, a começar no ranger de dentes, a terminar em barulhos com a saliva, passando por barulhos com os lábios. Para mim, uma pessoa pode até estar a mastigar comida com a boca toda aberta ao ponto de quase ser visível a entrada do esófago - é nojento, que é! - desde que não esteja a fazer barulho, it's all right. Aliar os dois seria o ideal.

Enerva-me o estalar de ossos. Estalar os dedos, os pulsos, o pescoço, os tornozelos, o mindinho do pé... Não há mais nada?!

É capaz de me guiar ao suicídio todo o tipo de batuques que se possam fazer com os pés, mãos, alternar pés e mãos. Põe-me os cabelinhos em pé.

Pessoas a imitar bombas a rebentar, sons de animais ou, simplesmente, a emitir sons repetitivos.

Controlar tudo isto num escritório maioritariamente composto por homens (ou rapazes?) que gostam de jogos parvos ou afectados pelo stress do trabalho. Ufa! Não há quem aguente.